Por: Neimar José Chiapetti - Manufacturing Industry Group Account Manager
O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, anunciaram oficialmente em entrevista nesta terça-feira (19),
A nova empresa foi apresentada por Secches como "a grande multinacional brasileira de alimentos brasileiros processados". A Brasil Foods, entretanto, terá apenas a função institucional, sem a função de substituir qualquer das marcas do grupo.
No esquema desenhado para a fusão, a Brasil Foods será a sucessora da Perdigão. Os acionistas das duas empresas se tornarão acionistas da BRF e a Sadia se tornará, em um primeiro momento, subsidiária da nova empresa. Durante esse período, Sadia e BRF terão conselhos compostos pelos mesmos membros.
Marcas e mudanças
Para apresentar a nova empresa ao público, e assegurar que os produtos que ele conhece continuarão no mercado, a Brasil Foods colocará no ar a partir desta quarta-feira (20) uma campanha publicitária estrelada pela atriz Marieta Severo (do seriado "A Grande Família", da TV Globo).
Já a atual estrela da campanha da Sadia - personagem que zomba das demais marcas - deve perder espaço: "O Juvenal vai embora ou vai mudar de foco", disse o executivo da Sadia. "O tempo da alfinetada acabou, agora é só amor", brincou Nildemar Secches.
No mercado externo, Secches afirma que será feito um estudo para definir qual segmento será explorado por cada uma das denominações.
De acordo com dados divulgados durante a entrevista, Sadia e Perdigão operam comercialmente em 110 países. "Quase metade do nosso faturamento vem do exterior", afirmou Secches. A nova empresa já nasce líder em alimentos processados no país, com cerca de 120 mil funcionários.
Divisão
O executivo informou que 68% do capital pertencerá a acionistas da Perdigão e 32% a acionistas da Sadia. "Como a maioria das multinacionais o controle de capital é difuso. Vale dizer que as decisões não serão tomadas por um único acionista, mas por um conjunto de acionistas", afirmou Secches.
Apesar da maioria do capital ficar nas mãos dos acionistas da Perdigão, os dois executivos negaram se tratar de uma venda. "Não houve venda. Os acionistas de um lado e de outro continuam acionistas, compartilhando responsabilidades", disse Furlan.
Segundo ele, a administração da nova empresa "será regida por um sistema de mérito, por profissionais". A presidência do conselho da nova empresa será dividida entre Secches e Luiz Fernando Furlan pelos próximos dois anos.
Secches afirmou que, para abreviar as negociações, as duas partes decidiram deixar de fora as instituições financeiras da Sadia. "Simplesmente separamos e fizemos a associação da parte operacional", declarou.
Essas instituições - o banco e a corretora Concórdia - foram assumidas pelas famílias Furlan e Fontana, acionistas da Sadia. O patrimônio final dessas instituições, após uma distribuição de dividendos, ficou em R$ 67 milhões, segundo Furlan.
Eficiência e preços
O objetivo da nova empresa, de acordo com o executivo da Perdigão, será oferecer prestação de serviço "muito mais eficiente". "Queremos oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis em todos os lugares do mundo", disse.
Para Furlan, as sinergias das duas empresas vão permitir o repasse dessas economias aos preços. "Não estamos fazendo uma associação para pôr em risco essa fidelidade que temos com os nossos consumidores. (...) (A fusão) trará melhores benefícios de qualidade e também de preço", ressaltou.
Fonte: G1
Sobre a Virtual Automação / Autodesk & Brasil Foods
A Virtual Automação / Autodesk fornece os softwares e treinamentos para ambas empresas. Atualmente a Perdigão encontra-se em meados de implantação de sistemas CAD e PLM da Autodesk.
O objetivo é ter dados eficientes, sincronizados e sempre atualizados, onde projetistas e engenheiros colaboram uns com os outros e podem visualizar e compartilhar informações em tempo real, tendo agilidade nas modificações e organização interna. A intenção é conectar todas as unidades fabril do grupo Brasil Foods (aproximadamente 60 unidades industriais) aos dados de projetos. Anteriormente a informação ficava isolada, e a forma de acesso a elas era deficiente, estando por varias vezes desatualizada.
O sistema esta sendo implantado inicialmente nas unidades da Perdigão e deverá estender-se também as unidades da Sadia. A implantação do software Autodesk Vault Manufacturing realizada pela Virtual Automação permitiu com que a Perdigão visualizasse uma nova forma de gerenciamento de dados, mais eficaz e segura.
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