sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Resumo: o desempenho do setor automotivo

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O desempenho da indústria automobilística analisado pelo presidente da Anfavea, Jackson Schneider, na quinta-feira, 4, traz alguns pontos que merecem destaque:
AUTOMÓVEIS
Fila de espera
O aumento do estoque de automóveis e comerciais leves nas fábricas e na rede de distribuição de 26 para 36 dias pode não ser suficiente para abastecer plenamente o mercado até o final de março, quando o IPI voltará ao nível de 7% para o flex (hoje a alíquota é de 3%).
As promoções vão continuar, mas os preços devem subir a partir de abril.
LIDERANÇA
GM foi surpresa

A Fiat vendeu 37.056 veículos leves (23,22%) e abriu o ano na liderança. A surpresa no ranking foi o avanço da GM para a segunda posição, com 36.522 unidades, graças ao bom desempenho do Agile, que já aparece entre os dez mais vendidos.
A Volkswagem emplacou 33.737 veículos, ficando na terceira posição.
Os dados são da Fenabrave e retificam as estatísticas divulgadas inicialmente no website da entidade, que estavam embaralhadas.
VENDAS
Média diária elevada
Em janeiro foram licenciados 213,3 mil veículos automotores, um recuo de 27,1% em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, o crescimento foi de 8%.
Apesar do recuo, a Anfavea olha o resultado de outro lado: foi o segundo melhor janeiro da história, com apenas 20 dias úteis (o melhor foi o de 2008).
Mais ainda: a média diária de vendas de 10.066 unidades é recorde para o mês, 9,8% acima de janeiro de 2008. O índice é resultado do número de dias úteis.
“O volume de vendas em janeiro, sobre dezembro, ficou dentro do projetado e da média histórica” – resumiu Schneider.
PRODUÇÃO
Avanço de 3,7%

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 243,4 mil unidades em janeiro, com uma queda de 3,7% sobre dezembro (251.482 unidades) e um avanço de 31,6% em relação a janeiro de 2009.
IMPORTAÇÕES
Recordes

Adquiridos com preços atraentes junto às matrizes, veículos asiáticos estão avançando a passos largos no mercado brasileiro. Em 2008 eles representavam 13,3% dos emplacamentos; em 2009 chegaram a 15,6%; e em janeiro saltaram para 20,1%.
A Anfavea projeta a comercialização de 580 mil veículos estrangeiros este ano, contra 488,9 mil no ano passado – um aumento de 18,6%.
EXPORTAÇÕES
Na baixa

Um dos maiores desafios para a indústria automobilística brasileira é ganhar competitividade diante de seus concorrentes internacionais, como os asiáticos que invadem nossas fronteiras.
Acumulando custos expressivos diante dos problemas logísticos e estruturais internos, o setor perde vendas para veículos importados e não consegue avançar lá fora. A Anfavea prevê a exportação de 530 mil unidades este ano, 11,5% a mais do que em 2009 (475 mil). Em janeiro as vendas externas recuaram 17% em relação a dezembro, mas deram sinais de recuperação sobre janeiro de 2009, um mês de baixa.
FINANCIAMENTOS
Inadimplência controlada

A taxa média de juros nos financiamentos de veículos foi de 18,4% em dezembro, caindo 0,2 ponto percentual sobre janeiro.
A inadimplência depois de 90 dias ficou no patamar de 4,4% em dezembro (4,6% em novembro). O índice fica bem abaixo do índice de 7,8% registrado na média dos outros bens financiados.
CAMINHÕES
Novo patamar

Foi o melhor janeiro da história na produção e venda de caminhões, com 11.633 unidades montadas, um avanço de 53,7% em relação às 7.566 de janeiro de 2009.
O setor entra em um novo patamar de vendas, com 9 a 10 mil unidades por mês – ressaltou Schneider.
As vendas somaram 9.739 unidades, contra 6.336 em janeiro de 2009, com um aumento igual ao da produção.
Schneider assegurou que estão superadas as dificuldades de financiamento junto à Finame e demonstrou otimismo com as perspectivas do segmento diante da safra agrícola de 141 milhões de toneladas e dos investimentos em infraestrutura com o crescimento do PIB na casa de 5,5% a 6%.
EMPREGO
Mais 1,5%

No final de janeiro a indústria automobilística brasileira empregava 110.450 trabalhadores, uma alta de 1,5% diante de dezembro. Sobre janeiro de 2009 a alta foi de 0,2%.
Houve sete meses de alta consecutiva nos postos de trabalho. Somados o setor de máquinas agrícolas, o volume de empregos sobe para 126.221 pessoas no fim de janeiro, contra 124.348 em dezembro.
Em outubro de 2008, mês em que a crise começava a se aprofundar em todo o mundo, o setor empregava 131,7 mil pessoas

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